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sábado, 30 de abril de 2011

Alegrias e decepções



Ontem tive apresentação. Eu estava bem tranquila, sorrindo. Mas foi só chegar no palco..
Todo mundo me deixa nervosa. Vem falar, desejar boa sorte e eu me vejo na obrigação de dançar perfeitamente pra que todo mundo goste. Na primeira coreografia com o grupo eu fui bem, sorri o tempo todo e estava tranquila. Mas na hora do meu solo, errei praticamente tudo. Tento em cada apresentação melhorar essa coreografia que já não é tão bonita mas acabo fazendo com que fique pior ainda.
Eu me coreografo desde quando entrei no grupo, aprendi que uma verdadeira dançarina do ventre faz suas próprias coreografias. A professora não tem nenhum trabalho, apenas mostro a coreografia e ela diz o que precisa ou não mudar. E essa não foi diferente: eu mostrei ela achou ótimo.
Mas nunca consigo dançar do jeito que ela ensinou, como eu pesquisei e ensaiei. Faço tudo diferente, nada a ver com o tipo de dança que eu quero mostrar. Mas foi ontem que eu senti que eu não estava indo bem meeesmo e assim que acabei eu perguntei ao meu professor o que ele achou. Ele, que já me deu sinais de que não estava gostando desde a última vez, disse que eu tinha que ser mais energética.Não entendi muito bem o que ele quis dizer. Eu estava muito lenta ou muito mole ?
Dancei a última com o grupo me sentindo bem mal e acabei a apresentação péssima. Chorei pensando porque eu ia mal nessa coreografia se eu sabia os movimentos e a professora sempre dizia que estava ótimo se não estava ? E porque todo mundo fala que eu dancei muito bem se eu não dancei ?Ouvi conselhos de que essa crítica negativa dele ia servir pra me ajudar a melhorar.
 A verdade é que eu só penso na técnica. Se eu erro um battement na aula, eu sou uma péssima bailarina. Se eu não consegui fazer exatamente como a professora ensinou eu não sirvo pra nada. Quando eu tenho a técnica do movimento, eu danço bem, mas quando não tenho fico nervosa e erro tudo.
 Sim, eu sou perfeccionista. Eu quero ser perfeita na coreografia inteira. Me dizem eu me cobro demais, eu sei que eu me cobro, mas eu nunca mais saí do palco com a sensação de missão cumprida como eu senti na minha primeira apresentação. E eu quero sentir que eu fui bem. Que eu fui perfeita. 
Bom, não tive só decepções. A imprensa nos fotografou ontem durante as apresentações e hoje saímos em uma jornal da cidade! Nossa fiquei muuito feliz, não paro de me olhar na foto em que eu saí na frente! já recortei a notícia e guardei pra lembrar, rsrsrsrs.
E outra: surgiu uma oportunidade de eu dar aulas de ballet para crianças! Ainda não está certo e também pelo pouco tempo de experiência que eu tenho seria muito cedo. Mas são só as noções básicas do ballet, plié, tendu, as posições,essas coisas. Primeiro vou falar com o professor. Vai ser um trabalho voluntário e eu queria muuito começar dar aulas.
O que vcs acham ?

Beijos *

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Selinhos !

Demorei pra postá-los ! Ganhei dois selinhos. Este eu recebi da Bruh, do blog  Meus Ideais


Regrinhas: 
- Dizer uma frase doce 
"Se eu soubesse o que as coisas significam, eu não teria necessidade de dançá-las"

E este eu recebi da Mari, do Stori and Advice :

Regrinhas :
1) Repassar para outros blogs
Indico a todos do primeiro selinho ! 
 
2) Responder as perguntas

Nome: Clara Vitória
Idade: 15
Melhor música: I Am - Cristhina Aguilera 
Melhor livro - Crepúsculo
Cor: Rosa.
Seu melhor passatempo: You Tube ! (rsrsrs) 
O que você acha do Tutorizar  : Olhei, gostei e segui !

Meninas, valeu pelos selinhos, muuito obrigado mesmo !
Beijos *

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Espetáculos de dança na visão de quem dança ...


  Espetáculo "Corpo Vivo Carrossel das Espécies", de Ivaldo Bertazzo.

É outra coisa ! Totalmente diferente de um espectador normal. Um bailarino quando assiste a um espetáculo de dança consegue captar mais a energia, vibra com os movimentos e se emociona mais, isso porque ele imagina estar ali dançando também. Essa semana, assisti ao espetáculo Carrossel das Espécies, de Ivaldo Bertazzo.
Os movimentos tinham muuuito sincronismo e eles dançavam em perfeita harmonia. A técnica deles também era muito evidente, faziam com que os movimentos mais difíceis e meio que impossíveis se tornassem simples. A expressividade também era demais, eles até gritavam enquanto dançavam. Estavam mesmo sentindo a música e dançando com a alma.Os figurinos eram lindos, amei tudo.
Mas acho que não captei a energia, vibrei e nem me emocionei. Talvez seja porque não era o tipo de dança que eu me vejo dançando daqui a 5 anos. Imaginei que se este fosse um espetáculo de ballet clássico a minha emoção seria muito maior, porque tenho amor mais forte pelo clássico do que pelo contemporâneo.
O que eu senti ao ver aquilo foi nervosismo,surpresa e no final admiração ao ver um grande show de dança. Mas percebi, depois de ter observado que não era desse jeito que eu sonhava com meu futuro nos palcos. Amo o contemporâneo, mas amo muito mais o clássico.
Fui assistir com todo o pessoal do ballet. Como esse é o mês da dança, aqui em Salvador está acontecendo o Festival Internacional Viva Dança, que tem espetáculos gratuitos durante o mês inteiro. Já tinha assistido o Naturalmente, de Antônio Nóbrega, que foi lindo também, falando sobre as danças regionais.
Bom gente, aproveitem o mês da dança e se divirtam no teatro. E se dançam nesse mês, se divirtam nos palcos.
                        Beijo gente *-*


domingo, 17 de abril de 2011

primeira aula de ponta (e a busca pela ponta perfeita).



Oi gente ! Não via a hora de poder contar que essa semana tive minha primeira aula de ponta ! Na terça-feira da semana passada, voltei ao ballet depois do acidente e o professor comunicou que teria aula de ponta na quarta .Tive que fazer um grande esforço poder ir, tinha prova pra estudar e meu pé não estava totalmente recuperado. Mas mesmo assim eu fui, nem me lembrava da prova, só conseguia pensar que naquele dia iria fazer minha tão esperada primeira aula de ponta.
Cheguei no horário e fui me aquecer com uma colega. Não via a hora de começar logo, ansiedade era muita.
E a aula foi ótima! Claro que não fui bem 100%, como todo mundo também, mas senti que ali seria o início de um novo caminho. Não iria mais me sentir uma anormal com roupa de ballet e sim uma verdadeira bailarina, mesm não tendo toda a técnica suficiente. Eu me senti bailarina. Senti que eu amo cada vez mais o ballet.

 Algumas colegas minhas já tinham feito aulas de ponta mas eu não pude fazer. Nesse tempo treinei sozinha mesmo. Mas não me conformo porque tenho a sapatilha já faz 6 meses e ainda estava muito dura. E ainda passei por aquele probleminha da ponteira. Quando ganhei a sapatilha (Capézio Partner 180), ganhei também a ponteira de espuma. Mas estava sentindo muitas dores quando treinava e então comprei uma de silicone. Não sentia dores, mas ela era muito grande para caber na caixa da sapatilha e ficava muito apertada no meu pé. Como eu sempre soube que sapatilha apertada demais prejudicava o desenvolvimento da ponta, fiquei com a ponteira de espuma mesmo. Nunca conseguia ficar muito tempo treinando porque doía demais. Fiz a aula com ela e meus dedos estão praticamente comidos!
Mas ontem, tentei treinar mesmo com os dedos machucados. Como tinha lavado minhas ponteiras de espuma e estavam secando, peguei as minhas de silicone que há muito tempo não usava. Consegui ficar mais de uma hora treinando e ainda amoleci minha ponta direita ! Agora, não sei se devo continurar com a de espuma ou mudar pra de silicone. Já pensei em trocar de sapatilha porque ela não é pra iniciantes, mas não temos condições no momento de comprar outra.
Agora entrei na dura batalha de achar a ponta perfeita. Acho que não é essa ainda, mas é com a experiência, muitas feridas, calos e bolhas depois, que conseguimos achar. Não vou me desesperar, a busca ainda só está no começo !

           Beijos pra todas*-*

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Há males que vem para o bem *

 No último post, eu escrevi um pouco sobre o que eu senti durante essas duas semanas em que fiquei longe de tudo e todos. A verdade é que na semana retrasada, sofri um pequeno acidente: fui atropelada por um carro quando estava indo para o ballet.
Não foi nada grave, apenas alguns hematomas e uma cicatriz no pé pra colecionar (já tenho 4!, rssrs). Fui socorrida pela motorista, que fez questão de conversar com o pessoal lá em casa e se ofereceu pra me ajudar em tudo. O meu maior medo foi de ter que me afastar do ballet, pois tive suspeita de fratura exposta. Até chorei só de pensar. Mas o legal de tudo isso é que ela (a motorista) é uma pessoa super legal, fizemos amizade rápido, e acreditam que ela vai começar a fazer dança do ventre comigo ? Pois é, há males que vem para o bem.
Fique de atestado médico por uma semana, mas como ainda estava sentindo dores fiquei mais uma semana em casa. 15 dias de puro tédio, sem escola,internet e principalmente sem dança. O que fiz de bom pelo menos foi assistir a vários filmes de ballet que meu professor me emprestou. E um deles era Cisne Negro (ainda não tinha assistido, rsrsrs) e fiquei muito chocada com o filme. Já virou o meu preferido, apesar de já ter dito que não gosto de o lago dos cisnes. Ainda farei um post especial sobre o isso e vou explicar o porquê.
Nessa última semana, teve uma apresentação, na qual até então não iria participar por causa das dores no pé. Mas um dia antes, estava me sentindo melhor e resolvi preparar um solo de dança do ventre surpresa para o professor. E dancei as três coreografias do espetáculo com o grupo. Não pude dançar com o ballet porque não pude ensaiar.
 Mas a apresentação foi linda, pena que as fotos não prestaram (todas tremidas !)
E hoje, voltei às aulas de dança do ventre. Foi ótima. Me senti bem durante toda a aula e ainda ensinei uma técnica a elas de movimentos de braços. Elas adoraram!
Essa é uma das fotos minhas da apresentação :


Gente, valeu mesmo pelos comentários, beijos pra todos *

domingo, 10 de abril de 2011

Longe de mim ...

Fiquei vazia. Triste, sem sossego, sem ter o que fazer. E durante essas duas semanas, sem dança, sem internet, sem ver os amigos, fiquei muito solitária. O blog é aonde eu despejo minhas tristezas e compartilho minhas alegrias mas nem isso eu tive. A solução foi sonhar, e lembrar que daqui por diante vou correr mais ainda atrás dos meus sonhos, pois um dia sem lutar pelos seus sonhos é um dia perdido, assim como um dia sem sorrir.
Mas estou de volta. Forte e com muita esperança. Feliz por saber que não irei me afastar do que amo. Sonhando cada vez mais com o futuro e também com muito medo dele, mas nem por isso irei deixar de tentar alcançar os meus objetivos. Durante esses dias, não fiquei longe da dança e sim, longe da vida, pois a dança é a minha vida. Longe de tudo o que me deixa feliz. Longe do que me completa. Longe de mim.
Estou cada vez mais convencida de que eu amo o que faço e de que o medo e a tristeza dará lugar a vários sorrisos, abraços e beijos. Voltarei com a certeza de que esse é o meu futuro e aconteça o que aconteçer, não irei me afastar dele por nada. De uma forma ou de outra, esse é o meu caminho.
           By: Clara V.

Cena do filme Cisne Negro, de Darren Aronofsky.

Um beijo pra todos que acompanham o blog, vcs me dão tantos conselhos, obrigado a cada um de vcs !