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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ano novo e a tensão

Oi geeente ! Como foi o Natal de vocês  Minha internet não colaborou para que eu fosse uma blogueira dedicada, essa será uma das minhas metas pra 2012, afinal fiz o blog pra compartilhar com vcs o que a dança me ensina.

Bom, quase não tive ceia de Natal. Foi uma correria, como voltei pro jazz, tinha aula pra caramba, terminavam tarde e ainda tinha amostra coreográfica no dia 23. Ou seja, sem tempo nenhum de ajudar o pessoal de casa nos preparativos. E sem ajuda, ceia de Natal zero. Mas no meio disso tudo tive uma das experiências mais inesquecíveis da minha vida: minha primeira apresentação num evento de dança profissional !!

Era um encontro de artistas da Bahia feito pra ajudar instituições de caridade. Só tinha feras da dança ! Muitas companhias profissionais e professores renomados estavam lá, era uma apresentação muito importante. Nunca fiquei tão nervosa em alguma apresentação e nem dancei pra uma platéia tão lotada como aquela. Lotada de bailarinos, de professores, de diretores, de apreciadores da dança. Ou seja, eu tinha que arrasar!!

Logo quando eu cheguei, me impressionei com as coreografias. Quanta perfeição! Fiquei olhando cada grupo ensaiar e pensando como seria a minha vida trabalhando com dança. Não consegui pensar em muita coisa, mas eu tive certeza de uma: que eu seria muito feliz com isso.

Na hora de passar a coreografia no meio de tanta gente experiente, fiquei ultra nervosa. Mas recebi elogios de profissionais ! Tive a sensação de que eu estava no caminho certo. Desde a maquiagem até a hora do palco foi muuuuuita tensão. Mas quando entrei no palco dei o melhor de mim, afinal era a primeira coreografia que eu dançava na frente. A platéia vibrou e eu saí consciente de que cumpri minha missão.






E as aulas de jazz estão ótimas, me divirto horrores. Acho que era isso que eu tava precisando, voltar pro jazz pra dançar como eu sempre quis. Tô adorando e só de pensar que vai entrar em recesso já fico triste.
E vou virar o ano no maior nervoso, porque o espetáculo de DV foi adiado, será em 21 de janeiro, então ainda terei muita tensão até essa data.

Bom gente é isso, bjs e até a próxima !

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Querendo o sacrifício

Oi gente ! Bom, pelo tempo que eu fiquei sem postar aqui tenho que contar as últimas novidades.
A começar pela maior: voltei pro jazz . Não consegui ficar longe !

Bom, vou dizer o por quê. Saí do jazz porque não estava conseguindo acompanhar as coreografias, a cada vez que eu fazia aulas me via dançando cada vez mais pior. Tive mais certeza ainda por causa do meu "professor-tormento": ele malmente me colocava para dançar. E quando eu ía era apenas em uma coreografia. Era difícil acordar cedo pra estar lá, me cansar horrores e ele nem reparar no meu esforço.

Só tinha forças por causa da minha melhor amiga. Rafa entrou no jazz junto comigo, e como sempre andamos juntas, éramos as duas tipo excluídas, mas que o professor fazia questão de ter nas aulas nem sei por quê. Se a gente faltasse um dia, no outro ensaio nosso lugar na coreografia já estava ocupado! Ou seja, não era moleza, era um duro sacrifício, mas que no fundo eu gostava.

Gostava. Até não aguentar mais. Estava muito difícil e além de eu não conseguir ver algum resultado fazendo aula de jazz, estava me afastando daquilo que eu mais amo : a dança do ventre.
Nos sábados de manhã tinha 2 horas de aula de jazz e mais 2 de dança do ventre, sem intervalo. O jazz me cansava muito, ficava sem disposição nenhuma pra ensaiar dança do ventre. E a última coisa que eu quero é me afastar dela. Eu amo a dança árabe, sei que é um caminho que eu posso ir fundo e não me arrepender depois. E no jazz é completamente diferente: todo mundo tem praticamente a mesma idade, é uma competição danada, todo mundo querendo impressionar o professor, mas sempre os novatos eram ofuscados pela técnica do pessoal mais velho. Lá a gente tem que lutar pra conseguir um lugar ao sol no espetáculo.

E pra mim não dava mais não. Foi muito ruim deixar o jazz, por mais difícil que fosse, lá tinha as melhores coreografias, as melhores apresentações, mas as piores aulas. Estava me esgotando, então resolvi falar com o professor e decidi sair. Pra me desapegar foi um protocolo, ainda mais porque deixei minha amiga lá sozinha. E o pior de tudo é que foi só depois da minha saída que os novatos ganharam seu espaço. Não me lembro quanto tempo fiquei longe, mas foi muito. Nesse período voltei a me dedicar a dança do ventre e me conformando em terminar a aula de clássico e espionar as coreografias lindas do jazz. Enquanto isso minha amiga evoluía cada vez mais nas aulas e eu ficava muito feliz por ela, mas triste porque queria estar com ela, evoluindo também.

Até que depois de muito tempo longe, acabei cansando de novo, só que dessa vez da falta de cansaço. Cansei de fazer as mesmas coisas que eu faço desde que entrei no ballet e não sentir. Queria voltar a reclamar das dores, a passar horas com sede, a mancar com feridas nos dedos, a acordar às 5 da manhã em pleno sábado pra ir ensaiar, enfim, queria voltar a viver a vida de um bailarino: cheia de sacrifícios e privações. Na dança do ventre não sofro, e nas aulas de clássico sou sempre a super alongada. Queria voltar a sofrer um pouquinho, afinal como diz meu prof "na dança é 99% de transpiração e 1% de inspiração!"

Fui dançar numa apresentação com o jazz esse mês meio que emprestada: as novatas não sabiam todas as coreografias e como eu lembrava de tudo (sempre é bom lembrar !) o prof me chamou. E lá fui eu. Dancei tanto, matei a saudade do pessoal e das coreografias e no mesmo dia resolvi voltar, ainda mais depois que o "professor-tormento" saiu. Pedi ao prof e ele deixou na hora. E então, fui aos próximos ensaios, já aprendi as coreografias novas, ganhei um lugar na frente (aleluiaaa!) e estou dançando muito melhor que antes.
Acho que às vezes precisamos nos afastar daquilo que nos atormenta por mais que a gente ame. Precisamos ter um tempo pra pensar e refletir (foi o que eu fiz) e nunca agir por impulso se tudo der errado (foi o que eu fiz, também!). Refleti e percebi que o meu maior erro foi ter abandonado o jazz. A dança é como plantar uma árvore: precisamos ter tempo para cuidá-la e paciência para esperar crescer. Ou seja, tempo pra treinar e paciência para adquirir técnica .

Acho que vocês nunca viram fotos minhas do jazz. Só tenho essas:

Da semana passada, já de volta ao jazz.

                                                      Há 1 ano, antes da minha saída.

Bom gente, até amanhã, com assuntos criativos (eu prometo) pra postar aqui.

                  Beijos*-